Que dias h que n o saibas
que passaste, mais depressa
a que n o percebesses, que foi
t o sem porque, quanto sem saber?

E que ardesse num s segundo
seco e mudo era mais teu querer
que olhar tantas incertezas,
quando a lan a ao vento devia dizer
em que peito irias marcar teus punhos
e em qual sangue lavarias as tuas m os.

E, sendo assim,
n o doeria tanto
responder a teu sil ncio
quando outro dia se foi
e viste que passaste, mais depressa
a que n o percebesses, que foi
t o sem porque, quanto sem saber.

Vem me buscar daqui.
Vem me fazer sorrir.
Vem me levar pra longe
que s tua paz pode tomar
minhas m os e me tirar do escuro.
Pois, nem imagino
o quanto se passou, desde que
deixei de contar os muros,
e n o sei mais se sigo ou desisto...
e grito s entre os surdos.